quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Quero escrever o que não consigo dizer, apetece-me abrir, como um livro em branco e a cada palavra uma emoção, um significado, um pedaço de ficção tornado real, sinto-me a desfalecer, como um sobrevivente num barco no meio de uma tempestade, onde sabe que só um milagre o fará sobreviver! porque estou assim? porque não consigo esqueçer-me de ti?. Não quis sofrer mais, por isso decidi afastar-me de toda a gente. Agora em vez de um coração tenho uma pedra, difícil vou pedir ajuda,  porque só quero estar longue de tudo e todos, longue do mundo, sempre a fugir, mas os problemas não desaparecem, apenas adormecem num sono leve, continuadamente dormindo, até um dia que acorda, mais furioso, que um bebé com sono.
Será que um dia vou acordar para a vida? será que algum dia, vou deixar de pensar em ti? no pq do nosso fim? de não precisar de me esconder por detrás duma máscara. algum dia terei paz, comigo mesmo? procuro o que? escondo-me do que? do sofrimento?! mas senão sofrer não viverei, ficará sempre a angústia de poder ter feito algo mais, ser capaz de ter feito outra coisa para me mudar a mim. Então o que me falta? não sei, não me conheço, e muito menos sei quem fui, sou ou serei, é como queles  livros que se compram, mesmo não sabendo o fim são todos iguais e terminaram de certeza da mesma maneira, só muda o conteúdo, a forma do conteúdo é sempre mesma. se calhar não vivo, sobrevivo,vou sobrevivendo, não questionando, não esticando a corda, se calhar limito-me a seguir as pegadas dos outros, em vez de ter uma personalidade própria, se calhar também por ter mentido, muito a mim própria agora já não sei quem sou.
Perdi-me no caminho, e agora não sei o caminho de volta, um circulo vicioso, onde já não se sabe onde começou e onde acaba, ainda terei a tempo, de me encaminhar e não me perder de vez, como vou viver sem ti,? como?! alguém sabe dar-me  essa resposta? e tantas outras que eu não sei (..) O lamentar não me ajuda em nada, só faz com que tenha pena do que estou a ser neste momento, o frio passou, o frio que tinha quando comecei a escrever, mas o gelo dentro de mim, a angústia, a tristeza, o sofrimento continua. não há alegria nos meus olhos, como num dia cinzento onde só chove, em que a minha cara são as gotas, que caíram nesse dia de temporal, onde o sol se escondeu, tornou-se cinzento, carregado, não há cores vivas, mas sim cores debotadas, algum dia encontrarei alguem melhor que tu? sim, talvez, tenho a minha família, os meus verdadeiros amigos, desses sei que ñao ah mentiras, sei que com eles não vou sofrer. Então quando deixarei de gostar de ti? quando deixarei de pensar em ti? quando souber  sobreviver, como um náufrago onde só ah mar e mar e mais mar.
Mas acredito que sobreviverei, mesmo assim? já não tenho a certeza de nada

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